quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Jogo do Copo: Não foi tão divertido...

Este é um conto que eu mesmo criei, baseado na brincadeira do copo. Espero que gostem, afinal, estou sem postar ja faz um tempo e espero fazer vocês tremerem de medo.


Era seis da tarde, quando acabei de chegar do colégio, que um amigo meu me ligou. Ele queria me mostrar uma coisa, disse que ia chamar outras pessoas e que seria divertido. Combinamos de nos encontrarmos com a galera no portão da escola, e passar a noite la. Meus pais estavam viajando, e o que os olhos não veem o coração não sente.

Eramos no total de seis pessoas. Eu, meus amigos João e Carlos, e minhas amigas Lúcia, Maria e Jaqueline. Maria, sempre curiosa, perguntou o que ele tinha. Ele abriu a machila e tirou de lá uma bandeja de porcelana muito bonita, com letras escritas. Na época, ninguém sabia o que era um tabuleiro Ouija, então ele nos explicou.... As meninas ficaram com tanto medo que quase saíram correndo. Imagina só, falar com os mortos. Mas depois de insistir, entramos no colégio e nos escondemos até o anoitecer.


As oito horas, somente nós seis dentro do local, fomos para o quarto andar, na sala mais afastada e mais escura. Era inverno, então o vento batia forte na janela, e o frio era indescritível.

Armamos tudo: sete velas negras a nossa volta, uma bíblia foi queimada para atiças os espíritos e colocamos nossos dedos em um pedaço de madeira, com espaço redondo para ver as letras. Perguntamos se havia um espírito ali. Nada. Tentamos de novo. Nada. Maria começou a ficar nervosa e tentou sair, mas quando se aproximou da porta, a mesma bateu com força. Maria caiu no chão devido ao susto. Não conseguia abrir a porta, como se alguém estivesse ali.

João ordenou que voltasse, pois sair do jogo sem permissão significa morte. Ela voltou e fizemos a pergunta "tem alguém aí?". O pedaço de maneira, então, moveu-se violentamente para "Sim". Perguntamos "o que você quer" e , em sequencia de letras, a palavra C-H-A-C-I-N-A foi formada, e todos nos assustamos. Maria ficou histérica e começou a gritar, foi uma gritaria de dez segundos, que de súbito parou. Então ela caiu no chão, pálida como a neve. Maria não estava respirando. João, sentindo-se responsável, foi tentar, em vão, ajuda-la. Mas este, do nada pegou um lápis de seu estojo e introduziu-o no olho, urrando de dor, até que os gritos finalmente pararam. Eu acho que o lápis atingiu o seu cérebro.


Carlos e Lúcia foram tentar ajuda-lo, mas estes, controlados por uma força sobrenatural, pegaram a tesoura, separaram as duas lâminas e em um movimento quase que sincronizado, cortaram as gargantas um dos outros, jorrando sangue na minha cara e na de Jaqueline.

Jaqueline disse que todos morreram porque saíram do jogo. Nós não deveríamos sair dali, ou morreríamos. Então ficamos a noite ali, com o dedo no
Ouija, pedindo permissão para sair, que todas foram negadas.

De manhã alguém bate na porta. Nós tínhamos que abri-la, pois nossas gargantas estavam secas demais para gritar por ajuda. Jaqueline disse que ela era a mais velha, portanto era responsável, e foi correndo para a porta, sua própria morte. A porta abre com força, destroçando o seu cranio. Neste momento, o espírito move-se para "sim" e eu sabia que poderia sair. Agora se as pessoas iriam acreditar em mim a história era outra.

Fui internado por loucura mental e, agora que estou "curado", trinta anos depois do acontecido, conto a minha história para aqueles que pensam que o Ouija é uma brincadeira.



Se não sabe o que é o Ouija, veja aqui: